Jogando em casa, o Palmeiras foi derrotado em 10 minutos pelo líder do campeonato, que rapidamente fez dois gols, aproveitando-se do nervosismo de um time que ainda tenta encontrar uma forma ideal de jogar. Depois disso a equipe mineira imaginou que a partida já estava ganha, enquanto do nosso lado o time encorpou a partir da lesão de Eguren e entrada de Felipe Menezes. Colocou a bola no chão e, pode-se dizer, fez com que o Cruzeiro mal visse a cor da bola até o final do jogo. O resultado foi injusto diante da forma como o Palmeiras conseguiu se impor sobre o melhor time do Brasileirão. Porém, já dizia o adágio, “justiça no futebol é bola na rede”. E nesse quesito, levamos 2 e só conseguimos guardar 1.
As estatísticas da partida ilustram bem a boa postura do time em “quase” todo o prélio. Com 55,8% de posse de bola, dominamos as iniciativas. Também finalizamos muito mais, com 15 tentos a gol, ainda que só 4 deles com endereço certo. Já o Cruzeiro chutou apenas 7 vezes, porém 5 delas foram no gol. Aproveitamento bem superior. A tentativa de levantar bolas na área foi característica do time de Gareca na partida. Foram 23 centros, 13 deles encontrando um atacante para finalizar.
A partida também foi marcada pela boa estreia de Mouche, que entrou no segundo tempo no lugar de Leandro, que fazia mais uma partida abaixo da crítica, e pelo primeiro gol de Tobio, que na raça ganhou na trombada a dividida no escanteio, escorando a bola com o bico da chuteira e tirando do goleiro Fábio.
Os aplausos da torcida no fim do jogo não foram por acaso. O Palmeiras teve grandes méritos, pois com 10 minutos e a ameaça de levar uma goleada teve a competência para se recompor e dominar um grande adversário. Faltou pouco para ao menos sair com um empate. O time pagou caro por ainda não ter aprendido a se impor desta forma desde o início.
As conclusões tiradas da partida anterior foram apenas reforçadas após este jogo. O trabalho de Gareca está em desenvolvimento e precisa de tempo. Paciência é essencial para que os frutos venham, talvez somente em 2015, o que seria até natural, dado que o treinador já pegou o bonde andando e caindo pelas tabelas em 2014. Por outro lado, cabe à diretoria buscar ainda nesta semana reforços que mereçam vestir a camisa 10 e a camisa 9. A falta de planejamento no ano do centenário foi terrível, e pagaremos ficando de fora da disputa dos títulos em mais uma temporada. Porém, se restar em Nobre um pouco de preocupação com o que acontece em campo, é possível ainda correr para lutar ao menos pela vaga na Libertadores.
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