terça-feira, 22 de julho de 2014

Mais reforços e um pouco sobre Agustin Allione

Pouco a pouco, antes tarde do que mais tarde, o elenco está sendo reforçado. Há urgência neste momento, visto que ninguém sai ileso da perda dos dois principais jogadores da equipe (Valdívia e Kardec), no meio da temporada e sem que ninguém venha suprir suas vagas. Os últimos resultados em campo estão diretamente ligados à falta de peças de qualidade nestes setores. Infelizmente, os reforços trazidos até o momento não preenchem as lacunas, porque nem ao menos jogam na mesma posição. De qualquer forma, o plantel era tão limitado, que mesmo nos setores em que já havia atletas, a vinda de jogadores qualificados é mais do que bem-vinda.

A cada dia mais sul-americano, o time pode começar a encorpar. Nas últimas semanas chegaram o zagueiro Tobio e o atacante Mouche, bons jogadores, e as últimas informações dão conta de que outro argentino já está acertado. Trata-se do jovem e polivalente volante, Agustin Allione, que deve se apresentar na próxima quinta-feira para realização dos exames médicos e assinatura do contrato.

O jornalista argentino Joan Bazquez, do Olé, assim definiu Allione:

“A principal característica do Allione é a velocidade, porque ele é muito ligeiro pelos lados do campo. Joga tanto pela direita quanto pela esquerda e fez uma pré-temporada muito boa com o Vélez no meio do ano, com belas atuações nos amistosos. Pelo estilo de jogo, tem muita técnica e condição de realizar cruzamentos, e costuma fazê-los com qualidade. É promissor. No Vélez é conhecido como o novo Augusto Fernández (meia que esteve na Copa do Mundo com a vice-campeã Argentina). Teve a primeira oportunidade de jogar no time principal com Gareca, que sempre gostou dele e o incluía nas suas opções. Por outro lado, a principal carência é a parte física, a falta de corpulência. A equipe não pode contar com ele em jogadas aéreas. Fora de campo, tem perfil muito tranquilo, não se expõe, mas sempre disposto a ajudar”.

No vídeo abaixo você pode conferir os melhores momentos de Allione.



Por cerca de 6 milhões de reais, trata-se de uma aposta muito válida, ainda que em uma das posições mais recheadas do elenco. Se sua vinda não estiver ligada a uma reposição antecipada de Wesley, que com altos salários é constantemente especulado para venda, pode formar com este atleta uma grande dupla de volantes ofensivos no meio campo palmeirense.

Como se sabe, Gareca (como grande parte dos treinadores argentinos) gosta de escalar o time com um losango no meio, atuando com um volante de contenção, dois que sobem pelos lados e um meia armador mais adiantado. Este losango teria Renato como primeiro volante, e Wesley e Allione na saída de bola. A lacuna da camisa 10 seria o X da questão neste esquema promissor. Bruno César não possui características de armador, mas acredito que tem que ter um lugar nesse time, talvez até mesmo ao lado do centroavante. Chuta muito bem e, com uma sequência de jogos, deve voltar a ter velocidade e qualidade nos passes curtos. Merece crédito com Gareca.

Após a saída de Valdívia, a bola da vez para vestir a 10 é o meia argentino, Maxi Moralez, atualmente no atalanta (ITA). Já para camisa 9, Lucas Pratto, do Velez, ou Facundo Ferreyra, do Shaktar Donetsky (UCR) são especulados, mas o ritmo em que as negociações estão andando para as duas posições mais carentes do elenco chega a ser desesperador.

Este é o momento em que dirigentes comprometidos com o desempenho do time têm que chamar a responsabilidade, colocar a faca entre os dentes e ir de forma mais agressiva ao mercado. Ainda dá para salvar esta temporada, basta preencher com qualidade as lacunas que todos conhecemos. O esquema tático de Gareca está ganhando forma e mesmo sem vitórias é elogiado até na grande mídia. Só precisa desse empurrão. Agora é com você, Nobre!

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