quarta-feira, 28 de maio de 2014

Prancheta: Palmeiras 0 x 2 Botafogo

(Foto: Celio Messias/LANCE!Press)
Pior do que perder em casa é perder com gol irregular um jogo que estava extremamente fácil. Até mesmo nos 30 minutos jogando com um a menos, após expulsão estúpida de Wesley, o Palmeiras continuou amplamente superior ao Botafogo, dominando de forma estarrecedora as ações da partida. Ao contrário do sufoco que passamos nas rodadas anteriores, víamos um Palmeiras que chegava ao ataque do jeito que queria, mas se complicava sempre na hora do arremate, muito mais pela inoperância dos jogadores de frente, do que por méritos da zaga adversária.

Mas a prancheta está aqui justamente para mostrar em números, e não em papo de boteco, que essa conversa toda não é choro de perdedor. Os dados da partida mostram um verdadeiro massacre, a começar pela posse de bola. Tivemos a redonda em nosso comando por 60,8% do jogo, enquanto o adversário sentiu-a pipocar em seus pés por apenas 39,2% do tempo. Arrematamos 17 vezes a gol, contra somente 6 finalizações do Botafogo. Passes trocados foram 366 a nosso favor, contra apenas 204. Ou seja, engolimos a bola. Então como foi que deixamos uma partida dessas escapar?

Sem dúvidas porque esbarramos numa noite em que as finalizações de nossos jogadores de frente foram muito abaixo da crítica. Das 17 finalizações mencionadas anteriormente, se atreve o amigo leitor a adivinhar quantas foram na direção do gol? Apenas 4. As estatísticas da partida não medem a força nem a velocidade dos chutes a gol, mas se o fizessem, creio que mostrariam que apenas o arremate de Marquinhos Gabriel, no primeiro tempo, levou algum perigo. No restante foram muitos chutes sem força, sem direção, ou com ambas as deficiências simultaneamente. Finalizando mal assim não ganharíamos nem se estivéssemos jogando contra um time de sub-15.

De toda forma, a noite deixa muito mais a lamentar pelo azar do que pela própria atuação do time. O jogo ficaria no frustrante “oxo”, não fosse o gol irregular de Bolatti. O chute de fora da área vinha em cima de Emerson Sheik, que em posição de impedimento encobriu a visão de Fábio até o último instante, quando o jogador deitou no chão, deixando a bola entrar. O juizão, Héber Roberto Lopes, que já vinha desde o início da partida invertendo laterais e escanteios a nosso favor para o Botafogo, validou o gol irregular. Já o segundo gol aconteceu num contra-ataque inevitável, quando corretamente o time inteiro subiu ao ataque para tentar o empate num escanteio, que poderia ser o último lance do jogo.

No restante, apesar da derrota, merecem destaque as atuações de Diogo, com lances de habilidade e muita vontade na partida, e Marquinhos Gabriel, que buscou jogo o tempo todo. Ponto negativo foi a expulsão inexplicável de Wesley, que decidiu deliberadamente passar o rodo após tomar um rolinho, mesmo tendo tomado o primeiro amarelo menos de 15 minutos antes.

Deixamos passar uma enorme chance de chegar à liderança, porque perdemos duas partidas em sequência contra adversários que estavam desde o início do campeonato pregados na parte de baixo da tabela. Temos nosso último jogo antes da parada da Copa do Mundo contra o Grêmio, fora de casa. Depois disso só podemos esperar que venham reforços importantes para o elenco, senão, noites como as das duas últimas rodadas serão comuns no segundo semestre.
 

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