No post anterior à renovação com Kleina afirmei que não era completamente
contra sua permanência, desde que se reconhecesse que não teríamos um técnico
excepcional e que, portanto, seria preciso montar um elenco forte, compensando um
pouco a falta de inventividade e eficiência do comandante.
Mas para frustração de toda a torcida, até agora nada
aconteceu – ao menos nada digno de nota.
Desde a eleição de Paulo Nobre sempre fui muito otimista com
a atual gestão. A contratação de Brunoro e todas as propostas apresentadas pelo
nosso presidente davam indícios de que finalmente reencontraríamos um rumo.
Hoje, com
quase 1 ano desta gestão, são claras as boas intenções e o esforço de nossos
dirigentes, mas chegamos a um ponto em que é insuportável a incompetência em algumas
situações que são gritantes, começando pelos patrocinadores.
Entendo a necessidade de não aceitar a primeira ou segunda
oferta que fizerem pelo patrocínio máster ou pelas mangas da camisa, pegando
quaisquer 15 milhões de reais por temporada. Nosso manto vale mais do que isso,
ok. Mas de maio a dezembro de 2013 ficamos sem nada (ou melhor, quase nada,
pois entraram alguns caraminguás da Tim)! Estamos entrando em 2014 e
continuamos sem patrocínio nenhum.
Pergunto: Após mais de um semestre sem ver dinheiro nenhum
de patrocinadores, quaisquer 10 milhões até o fim desse ano não teriam sido
melhores?
E digo mais: se já é difícil contratar, como contratar
abrindo mão desta importante fonte de recursos, por mais que ela esteja abaixo
das expectativas?
E toda essa situação começa a virar um bola de neve. Estamos
às portas de 2014, e parece que nem Bruno César dá para trazer. Mais uma vez
viveremos de apostas? No ano do centenário, entraremos realmente com a
perspectiva de brigar para ficar entre o 10° e 15° lugar, com chances de, se
algo desandar, brigarmos contra o rebaixamento?
Eu sei, todo palmeirense sabe (portanto, inclusive Brunoro e
Nobre também já sabem) que a oportunidade que a série B nos deu de fazer um grande
planejamento para 2014 foi pateticamente ignorada por esta gestão. Nada foi
feito para aproveitar todo o segundo semestre de 2013 - no qual desde meados de setembro já
estávamos totalmente garantidos em relação à subida para a primeira divisão – quando
era hora para angariar patrocinadores, com o dinheiro desses patrocinadores
organizar as contratações e assim chegar ao natal com o time praticamente
fechado, esperando uma ou outra oportunidade DE ÚLTIMA HORA que talvez surgisse
entre o ano novo e o início da pré-temporada, na primeira semana de janeiro.
E o que foi feito? Bem, o contrário disso tudo!
Nenhum patrocínio foi fechado, o treinador só foi escolhido há algumas semanas e, para nosso espanto, sequer as míseras renovações de
contrato foram definidas até agora! Incrédulo, estou a me perguntar: onde estavam
todos os nossos profissionais esse tempo todo? Em que estavam todos pensando
durante os últimos dois meses de série B, quando já estávamos jogando “com um
pé nas costas”, para dizer o mínimo?
O que ainda pode ser feito? Creio que ainda dá para montar
um time para ao menos brigar no topo da tabela. Não mais como favoritos (a
menos que nos surpreendam com um pacote de grandes contratações), mas que não
nos fará passar vergonha num ano que, por mais que Nobre se recuse a admitir, é
importante! É o ano em que completamos 100 anos de história! Usando uma analogia,
penso que falar que o ano do centenário não significa nada é como dizer que o dia
do aniversário de um filho é tão relevante quanto qualquer outro do ano. Será que
é mesmo? Não é questão sequer de sensibilidade, mas de bom senso.
A situação é desesperadora, mas mantenho alguma esperança no
trabalho que está sendo feito. Em último caso, se realmente nada for feito por
nossos dirigentes, começaremos 2014 podendo nos apegar a um último fio de
esperança: a sorte, porque essa ainda é gratuita.
O Maluco.
Perfeito...tirou as palavras da minha boca!
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