segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um final de ano decepcionante

No post anterior à renovação com Kleina afirmei que não era completamente contra sua permanência, desde que se reconhecesse que não teríamos um técnico excepcional e que, portanto, seria preciso montar um elenco forte, compensando um pouco a falta de inventividade e eficiência do comandante.

Mas para frustração de toda a torcida, até agora nada aconteceu – ao menos nada digno de nota.

Desde a eleição de Paulo Nobre sempre fui muito otimista com a atual gestão. A contratação de Brunoro e todas as propostas apresentadas pelo nosso presidente davam indícios de que finalmente reencontraríamos um rumo.
Hoje, com quase 1 ano desta gestão, são claras as boas intenções e o esforço de nossos dirigentes, mas chegamos a um ponto em que é insuportável a incompetência em algumas situações que são gritantes, começando pelos patrocinadores.
Entendo a necessidade de não aceitar a primeira ou segunda oferta que fizerem pelo patrocínio máster ou pelas mangas da camisa, pegando quaisquer 15 milhões de reais por temporada. Nosso manto vale mais do que isso, ok. Mas de maio a dezembro de 2013 ficamos sem nada (ou melhor, quase nada, pois entraram alguns caraminguás da Tim)! Estamos entrando em 2014 e continuamos sem patrocínio nenhum.

Pergunto: Após mais de um semestre sem ver dinheiro nenhum de patrocinadores, quaisquer 10 milhões até o fim desse ano não teriam sido melhores?
E digo mais: se já é difícil contratar, como contratar abrindo mão desta importante fonte de recursos, por mais que ela esteja abaixo das expectativas?

E toda essa situação começa a virar um bola de neve. Estamos às portas de 2014, e parece que nem Bruno César dá para trazer. Mais uma vez viveremos de apostas? No ano do centenário, entraremos realmente com a perspectiva de brigar para ficar entre o 10° e 15° lugar, com chances de, se algo desandar, brigarmos contra o rebaixamento?

Eu sei, todo palmeirense sabe (portanto, inclusive Brunoro e Nobre também já sabem) que a oportunidade que a série B nos deu de fazer um grande planejamento para 2014 foi pateticamente ignorada por esta gestão. Nada foi feito para aproveitar todo o segundo semestre de 2013  - no qual desde meados de setembro já estávamos totalmente garantidos em relação à subida para a primeira divisão – quando era hora para angariar patrocinadores, com o dinheiro desses patrocinadores organizar as contratações e assim chegar ao natal com o time praticamente fechado, esperando uma ou outra oportunidade DE ÚLTIMA HORA que talvez surgisse entre o ano novo e o início da pré-temporada, na primeira semana de janeiro.

E o que foi feito? Bem, o contrário disso tudo!

Nenhum patrocínio foi fechado, o treinador só foi escolhido há algumas semanas e, para nosso espanto, sequer as míseras renovações de contrato foram definidas até agora! Incrédulo, estou a me perguntar: onde estavam todos os nossos profissionais esse tempo todo? Em que estavam todos pensando durante os últimos dois meses de série B, quando já estávamos jogando “com um pé nas costas”, para dizer o mínimo?

O que ainda pode ser feito? Creio que ainda dá para montar um time para ao menos brigar no topo da tabela. Não mais como favoritos (a menos que nos surpreendam com um pacote de grandes contratações), mas que não nos fará passar vergonha num ano que, por mais que Nobre se recuse a admitir, é importante! É o ano em que completamos 100 anos de história! Usando uma analogia, penso que falar que o ano do centenário não significa nada é como dizer que o dia do aniversário de um filho é tão relevante quanto qualquer outro do ano. Será que é mesmo? Não é questão sequer de sensibilidade, mas de bom senso.


A situação é desesperadora, mas mantenho alguma esperança no trabalho que está sendo feito. Em último caso, se realmente nada for feito por nossos dirigentes, começaremos 2014 podendo nos apegar a um último fio de esperança: a sorte, porque essa ainda é gratuita.

O Maluco.

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