A fase de grupos da Libertadores chegou ao fim, e após o péssimo jogo contra o Sporting Cristal perdemos a chance de escapar do lado mais complicado dos chaveamentos para os jogos eliminatórios da competição.
Na derrota para o Sporting Cristal o time não soube repetir a pegada e dedicação tática que chegou a dar ao Palmeiras até certo status de “parada dura” e “candidato a ir mais longe”, e fomos presa fácil para a fraca equipe peruana. O time estava bem desfalcado, e teve uma postura decepcionante. A partida precisa servir de lição para nossos jogadores. Não há nenhum craque nessa equipe, e a única coisa que permite dizer que é candidato a alguma coisa – e isso envolve não apenas títulos, mas até mesmo subir de volta para a série A – é a entrega e raça em campo. Sem isso o time é de mediano para ruim. Que valha o puxão de orelha para o jogo de ontem, que não passou impune!
Perder por 1 x 0 não foi suficiente para sairmos da 1ª colocação no grupo, mas nos puniu de forma mais severa, colocando-nos em um chaveamento muito mais duro do que o que encontraríamos nos classificando com uma vitória. Das oitavas até uma eventual semifinal todos os jogos são complicados.
O Tijuana, adversário do dia 30 de abril, não passa de um time razoável, que inclusive perdeu de 3 x 0 do time público-privado em SP, mas complica os adversários em seu ridículo campo de grama sintética, que deveria ser proibido pela FIFA em torneios oficiais. Jogando lá o time público-privado perdeu de 1 x 0. Se entrarmos com pé mole de novo contra o Tijuana, a coisa deve ficar muito feia para ser revertida no Pacaembu.
Passando às quartas-de-final pegaremos Atlético-MG ou São Paulo, que já estava morto e com requintes de crueldade agora pode eliminar seu salvador. Gostaria que o adversário fosse o Galo, mas não consigo acreditar muito no potencial de um time dirigido pelo Cuca. Tecnicamente pode-se dizer que tanto faz quem passar, afinal ambos tem bom elenco, mas claramente apresentam pontos fracos que podem ser explorados.
Na semifinal os adversários com maior probabilidade de chegarem são Corinthians ou Velez. Desnecessário dizer como seria bom eliminar pela terceira vez nossos arquirrivais, ainda mais em sua nova fase público-privada.
O outro lado do chaveamento está muito mais fácil, basicamente com Grêmio e Fluminense (Olímpia-PAR correndo por fora) para chegar na final. Perdemos a chance de termos vida mais fácil.
Mas o que vale é o chavão de que quem quer ser campeão não pode ficar lamentando adversário. Com muita luta esse time conseguiu nos fazer acreditar que seria possível ir longe, e agora queremos chegar lá. Todavia, não podemos nos iludir tanto, e o jogo de ontem mostrou isso. É difícil manter a pegada forte em todos os jogos, e tem horas em que a falta de técnica, de alguém que consiga desequilibrar, fica evidente.
Nessa altura do campeonato nem está em discussão contratar craques e reforçar o elenco com três grandes jogadores, como permitido pelo regulamento da Libertadores. Seria apostar muito alto sendo que nem mesmo há tempo para montar um esquema sólido com essas contratações de última hora. Mas daria para fazer uma “fezinha”, aproveitar o atrativo da fase eliminatória da competição continental, e trazer um atacante em que possamos confiar. Nosso ataque é a posição mais carente, principalmente sem Leandro, que não pode ser inscrito na Libertadores. Caio não mostrou seu futebol, Kléber parece que não vai embalar assim tão cedo, Maikon Leite ontem provou que o pé não entrou na forma, e Vinícius, apesar de sua boa dinâmica de jogo e habilidade, ainda não faz gol.
Temos 1 semana para contratar e inscrever um reforço que aumente nossas perspectivas. Se esse jogador não vier, a raça terá que ser dobrada para levantarmos o caneco – o que mesmo assim é possível.
O Maluco.
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