Nesta semana a venda dos naming rights levou muitos palmeirenses a se perguntarem: e o que o Palmeiras ganha com isso? A pergunta se origina no fato de que o clube receberá, ao longo de 20 anos de contrato, somente 20% dos R$ 300 milhões que serão pagos, o que, descontados os impostos, totalizará algo em torno de R$ 35 milhões, distribuídos ao longo destes anos. Valor baixo a ser embolsado diante das cifras do futebol moderno. Porém, há que se considerar muitos outros fatores nesta conta.
O primeiro ponto importante é que o Palmeiras não investiu dinheiro algum na construção de seu novo estádio, e não investiu porque clube nenhum possui tamanho aporte financeiro para sequer pleitear um empréstimo para construir por conta própria uma nova casa. Ao menos não sem contar com uma vergonhosa parceria público-privada, na qual a sociedade pagará, mesmo que a contra gosto, pela construção do estádio de um time que não representa sequer 15% dos cidadãos brasileiros. Ou seja, pelas vias dignas, fizemos o melhor negócio possível. A WTorre, como não é instituição beneficente nem está disposta a jogar dinheiro pela janela como o BNDES, conseguirá um retorno de metade dos R$ 500 milhões que devem ser investidos até o final da obra. Bom negócio para ambas as partes.
Mas acabam aí nossos benefícios com a venda do nome da arena? Não. Como destacou Erich Beting ao Lance!, o Palmeiras ganha uma grande “grife” para seu estádio, o que agrega um enorme valor à marca Palmeiras. A Allianz, reconhecida no mercado do esporte pela sua bem sucedida parceria com o Bayer de Munique na compra dos naming rights da Allianz Arena, trará consigo este valor para o mercado nacional, por meio da arena “Allianz Palestra” (nome que vem ganhando força nos últimos dias). Tal parceria, pela exposição internacional óbvia, é um fator a mais a ser colocado na mesa em negociações com novos parceiros e patrocinadores do Verdão. Para saber mais, recomendo a ótima matéria do Lance!
Assim, o palmeirense tem muito a comemorar por ter conseguido uma parceria tão forte para seu estádio. E a menos que a Petrobrás, assim como BNDES e Caixa Econômica Federal, entre com mais recursos estatais para comprar os naming rights do estádio público-privado, dificilmente haverá outro acordo tão vantajoso no mercado nacional.
O Maluco.
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