segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

É hora de contratar, mas torceremos contra até 21 de janeiro

Fim de Campeonato Brasileiro, fim de temporada para nós. No pior momento de nossa história, talvez ainda tenhamos que ver nossos dois rivais comemorarem muito o final do ano com dois títulos. Vejam o tamanho da fossa em que nossa diretoria foi nos meter! A única coisa a que o palmeirense quer se apegar nesse momento, é ao planejamento para 2013. Mas que planejamento?

Kleina passou à diretoria uma lista de nomes para contratação, porém as declarações que ele tem dado começam a lembrar muito as de Felipão em todas as vezes que tentou pedir nomes a Tirone e Frizzo. Após a partida derradeira, em que perdemos mais um clássico dos muitos desta gestão, Kleina disse: “Agora é pensar em recomeçar, e isso precisa passar pela estratégia da diretoria. Não adianta trabalharmos sem peças de reposição. Hoje perco um lateral, e não tenho outro para colocar no lugar. Isso desequilibra todo um setor". A frase já ficou até batida na passagem de Felipão, mas os erros continuam os mesmos, e quem acaba tendo que dar a cara para bater é o técnico, que é obrigado a trabalhar com aquilo que tem em mãos.

Depois de termos passado pela pior campanha de nossa história no campeonato nacional, mas tendo uma Libertadores e Copa do Brasil em 2013, sendo a volta da Série B uma obrigação que deve vir embutida nas campanhas destas duas competições mais importantes, o que deveríamos esperar era que o Palmeiras parasse definitivamente de contratar Juquinhas, e viessem grandes nomes, dando credibilidade ao elenco. Como já escrevi em outras oportunidades, a base tem se mostrado muito melhor do que as contratações ridículas vindas de times da Série B a preços mais ridículos ainda. A menos que haja razões muito “questionáveis” envolvidas, não há mais porque ficar trazendo “apostas” do São Caetano, quando temos na base verdadeiramente excelentes apostas, como Denoni, Dybal, Patrick Vieira, entre outros. E o melhor de tudo, feitos em casa. O jogador vem de graça para o time principal e, via de regra, tem rendido muito mais do que as contratações bizarras que tem sido feitas.

Já com o vasto dinheiro poupado destas contratações de “apostas”, juntamos tudo para trazer um meia consagrado, um segundo atacante que imponha respeito, etc. Este é o caminho, mas apenas nossa medonha diretoria não quer ver. E enquanto se especula que estamos atrás de novas apostas da Ponte Preta e do São Caetano, Santos e São Paulo, que já tem Ganso no elenco, tentam Montillo. O Corinthians, dizem por aí, estaria tentando Pato e Thierry Henri. Não me interessa se isso tudo é conversa na imprensa valorizando as tratativas destes times, nem se Santos, São Paulo ou Corinthians de fato conseguirão contratar algum desses grandes nomes. O que está em jogo é a diferença de magnitude do planejamento de cada time. Enquanto nossos três rivais estão pensando grande, nossa diretoria nem ameaça pensar em trazer algum grande jogador para vestir nosso manto. Pior que isso, temos que ver Frizzo dizendo na imprensa que para trazer Cléber, “aposta” da Ponte Preta, precisaremos de um investidor. Clarificando a inacreditável declaração, o que foi dito é que o Palmeiras pediria ajuda a um investidor para trazer um jogador que ninguém sabe quem é!

Esta diretoria tem apequenado o Palmeiras porque monta times como se estivessem dirigindo de fato um time pequeno, minúsculo, sem torcida e sem chance alguma de conseguir se impor no mercado frente àqueles que sempre foram nossos grandes rivais. Não é atoa que perdemos quase todos os clássicos que jogamos nos últimos dois anos, e não será por acaso também que, nesta toada, faremos papel ridículo na Libertadores.

Neste cenário, daqui até 21 de janeiro, data da eleição do novo presidente, o melhor que podemos esperar é que Frizzo e Tirone não contratem ninguém, para pelo menos não prejudicarem a montagem de um time minimamente digno de vestir nossa camisa, trazendo jogadores qualquer nota e inflando a folha salarial.

O Maluco.

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