sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Julgamento no STJD provou que a incompetência não tem limites

Que estamos enfrentando a gestão mais despreparada da história da SEP não é novidade nenhuma. Porém nossa realidade insiste em se apresentar de forma humilhante repetidas vezes. Ontem, no julgamento da impugnação da partida entre Internacional x Palmeiras, quando de maneira irregular tivemos um gol anulado pelo uso de imagens da televisão, fomos massacrados por 9 a 0 pelo STJD, tendo o pedido de anulação do jogo rejeitado, com direito a comentários jocosos no tribunal.

Já se sabia de antemão que a causa estava perdida, porém, mesmo tendo nos tornado nesta administração o patinho feio do futebol brasileiro, tínhamos que exercer nosso direito de reclamar o óbvio. Mas o que dói neste episódio é que parece que mais uma vez toda a incompetência de nossos gestores foi colocada a prova. O jornal Lance! conversou com advogados para saber se Palmeiras havia feito o que estava a seu alcance a fim de tentar se sair bem no julgamento. Para nosso assombro descobriram que provas substanciais do caso foram deixadas para serem incluídas de última hora, na crença de que serviriam como elemento surpresa. Só que ocorre que não é permitido que se faça isso, uma vez que não se deixa tempo hábil para a contraparte ler as provas e procurar elaborar sua defesa. Resultado: deixamos de apresentar provas elementares da interferência externa na partida. Transcrevo abaixo o comentário publicado no site do jornal Lance!:

“Para especialistas, a decisão foi correta. As provas só deveriam ser usadas se fossem uma novidade.
- Parece que não se prepararam bem. O Tribunal acertou, porque as provas teriam de ser apresentadas muito antes. Do contrário, você está impedindo o direito da defesa. A única coisa que não se apresenta é a prova testemunhal. A não ser que seja uma prova nova. A leitura labial existia antes – disse um advogado, que pediu para não ter o nome revelado por questões éticas.”

Entre o material que seria o “elemento surpresa” estavam uma avaliação de um perito em leitura labial, uma reportagem do jornal LANCE!, uma entrevista de uma repórter de televisão ao portal Terra e declarações de um dos médicos do clube. Nada disso foi incluído no processo, pela mais pura incapacidade.

Sabemos agora porque nos tornamos uma comédia para a CBF, para o STJD, para os árbitros, para a Rede Globo, para todo mundo. Felizmente faltam “só” mais 2 meses para esta vergonha sair do comando do clube, comando este que assumiram há 2 anos com o discurso de que iriam equilibrar as finanças, mas na verdade entregarão um Palmeiras completamente desmoralizado, desestruturado e, ao que tudo faz crer, na série B. Estão de parabéns pelo empenho no trabalho realizado.

Que a próxima gestão tenha muita força para reconstruir nosso departamento de futebol de cima a baixo. Fica aqui a recomendação do excelente texto de Antero Greco, dando ideias básicas, porém fundamentais, para o próximo presidente reerguer o Palmeiras em seu relacionamento com a torcida, em ações de marketing, e, principalmente, em relação ao time que entra em campo. Vale muito a leitura!
http://blogs.estadao.com.br/antero-greco/2012/11/08/sacudir-a-poeira/
O Maluco.
 

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