
A bola da vez, como dão conta as notícias, é o ex-jogador Paulo Roberto Falcão. Os dois clubes que dirigiu recentemente, após se desligar da Rede Globo, foram Internacional (2011) e Bahia (2012). Em ambos conseguiu conquistar o título estadual, mas não permaneceu por muitos meses em nenhum dos dois clubes.
Além dos estaduais, teve como mérito em sua passagem pelo Bahia ter conseguido, por breve espaço de tempo, montar o ataque mais eficiente do futebol nacional.
Pela curta carreira de Falcão como treinador, não é possível saber claramente qual seria seu perfil profissional. Em ambos os times que dirigiu pareceu ser um técnico mais racional do que passional, procurando transmitir tranquilidade ao time em campo, ao invés de ficar arrancando os cabelos e pilhando o time contra o juiz e o adversário. Tal característica é certamente positiva para o momento do Palmeiras. Também demonstrou, principalmente na forma como saiu do Internacional, ser um técnico que prima pela parceria entre treinador e diretoria, entendendo que deve haver acordo entre ambas as partes sobre a postura que o time adotará na montagem do elenco e no projeto para a temporada, a fim de que possa ser feito um trabalho proveitoso e sem fanfarronices.
Por outro lado, a falta de referências a seu respeito, bem como a inexperiência como treinador, podem fazer de Falcão presa fácil para a fogueira em que vai entrar.
Parte da imprensa dá o negócio como em vias de ser concretizado, faltando detalhes como a duração do contrato, que, honestamente, não deve se prolongar além de dezembro deste ano, uma vez que haverá uma Libertadores em jogo no primeiro semestre do ano que vem, e não se pode, com um técnico com poucas referências, estabelecer um vínculo tão decisivo sem se saber se o trabalho vingará. O Palmeiras tem como obrigação, caso assine com Falcão, fazer um contrato baseado em seus resultados. Fazendo bom trabalho, invariavelmente deverá ter seu vínculo prolongado. Em caso de fracasso, será demitido de qualquer forma, e se tiver contrato até o final da Libertadores apenas conseguirá deixar para nós uma multa por rescisão contratual.
Não há como ser crítico ao nome de Falcão, ao mesmo tempo em que também não há motivos para esbanjar otimismo com sua contratação. Mais uma vez, fica-se com o que sobrou, visto que o clube optou por não arrumar encrenca com nenhuma outra diretoria para trazer um nome de mais impacto.
Sendo assim, além de Falcão a única outra opção livre no mercado é Cristovão Borges, ex-técnico do Vasco. Na prática, a chegada de qualquer um dos dois representa a vinda de um treinador pouco experiente, que terá um teste de fogo ainda no início de carreira.
Joel Santana, único técnico tarimbado desempregado, acabou de passar por uma cirurgia e tem de repousar por um mês. Mesmo assim, deu uma interessante entrevista ao UOL Esportes, onde comentou a situação do Palmeiras.
Seja como for, diante das circunstâncias caberá a nós apenas apoiar quem quer que venha a ser contratado para o restante de 2012, sabendo sempre que os verdadeiros problemas não estão na comissão técnica, mas na política do clube.
O Maluco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário