sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Time copeiro e seleção argentina

Dois tópicos centrais nest post: primeiro a agonizante classificação para as oitavas de final da Sul-Americana, depois a convocação de nosso matador, Barcos, para defender a seleção de nostros hermanos.

Classificação de fato no sufoco, com aquele jeito de que nem ia dar, mas deu. Não vejo isto como problema. Vejo isso como coisa de time copeiro, que aprendeu a jogar na agonia e na pressão que é o mata-mata. Incorporou o espírito que Felipão demorou, mas conseguiu finalmente passar para essa equipe. Voltamos a ser o Palestra das Copas, e não aquele que tremeu bizonhamente diante de Atlético-GO e Goiás, em períodos recentes.
Muitos colegas alviverdes me disseram que não precisávamos tomar tamanha pressão, dava para ter sido mais suave a classificação. Discordo. O time estava desfalcado demais, não havia como ter, na situação em que Felipão teve que escalar o time, um esquema tático muito definido. Até porque, não tínhamos meias armadores, não tínhamos lateral-direito, e nas demais posições em que havia suplentes, não havia entrosamento. O único setor não esculhambado pela zica das lesões era o ataque. Jogando todo remendado é até sacanagem esperar que o time apresente um futebol redondo. Sem meias, quem cadenciaria o jogo? Sobrou para os volantes, que não têm a obrigação de fazer isso muito bem.
Vejo de forma muito normal o sufoco que acabamos tomando (ainda que muito prejudicados pela arbitragem, pela enésima vez, o que resultará certamente em mais um protesto formal de nossa direção), e foi bom ver o time mostrando espírito copeiro de se segurar mandando bola pro mato, com 11 jogando para trás do meio de campo e tudo mais. Quando o time conquista a classificação assim, na marra, chega a dar um gostinho especial, apesar de todo o sofrimento durante os 90 minutos.

Barcos na seleção argentina
Na nossa situação na tabela do Brasileiro, é logicamente lamentável perder barcos, mesmo que fosse por apenas uma partida. Serão provavelmente três. Mesmo assim, o único sentimento que tenho no momento é de orgulho, tanto pela carreira de Barcos, quanto, principalmente, por tê-lo como centroavante do Palmeiras. Ao contrário da CBF,  a AFA ainda consegue ter um futebol muito menos marketeiro e bem mais jogado do que o nosso. Sua seleção ainda possui representatividade com o povo argentino, não sendo vista pela sociedade como joguete de empresários para vender jogadores, como veículo para desvios de verba, lavagem de dinheiro, etc. Apesar de toda a rivalidade que a Rede Globo se esforça para criar entre Brasil e Argentina, não vejo a menor razão para a existência de tal sentimento entre os dois países, e penso que em muitas coisas temos bastante a nos espelhar nos hermanos do Sul (e não só no futebol!).
Portanto, boa sorte ao nosso Pirata, que daqui para frente será ainda mais temido por nossos adversários, que terão que enfrentar um centroavante da seleção argentina.

O Maluco.

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