quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A água passou do nariz...

Eu já me preocupava há um bom tempo com a situação na tabela, mas preferia ficar calado. Porém, após este jogo contra a Portuguesa, não tem mais como negar que a água começou a passar do nariz. Estamos naufragando. O que antes servia de alento, quando víamos o time jogar bem e a vitória bater na trave, se tornou uma bagunça, tecnicamente o futebol apresentado hoje é digno do descenso.

São 4 derrotas seguidas, e as perspectivas vão ficando cada vez piores, ao vermos os primeiros times fora do Z4 se distanciando. E não é para esperar menos. Campanhas tão fracas como as vistas no primeiro turno são surreais. Ver o primeiro time do Z4 ao final do turno (nós mesmos) com humilhantes 16 pontos, é um absurdo sem tamanho. Sendo um time do tamanho do Palmeiras então, mais absurdo ainda.Contar que os times que estão lá embaixo manterão, TODOS, este desempenho pífio, é quase como acreditar em Papai Noel.

Preferindo não ter que contar com o bom velhinho, o negócio era acreditar que o Palmeiras seria um desses a deslanchar. Porém, o jogo de hoje acaba por soterrar o sorriso no rosto de todo palmeirense que ainda tinha a convicção de que esse não era o time que ganhou a Copa do Brasil, que o time campeão estava prestes a voltar a qualquer momento (do departamento médico, da sonolência, do deslumbramento com o título) e que, enfim, voltaríamos a vencer. Mas o que se está vendo é a coisa degringolar, e a pressão da degola vai deixando as pernas mais pesadas, os novatos mais medrosos...

Alentos? Talvez apenas a chegada de Tiago Real. Mas sinceramente, pelo vídeo que ví do jogador, não há o menor motivo para esperar dele muita coisa. Vem para compor elenco, quando precisamos de muito mais que isso. É um jogador que parece ter um toque de bola razoável, talvez um pouco de habilidade, mas não parece jogar metade do que o Valdívia joga. E neste momento precisamos de muita criatividade nesse meio campo.

Na derrota para a Portuguesa foi desesperador ver nosso setor ofensivo esbarrar na mais pura falta de categoria dos atacantes, incapazes de dominar bolas e fazer toques simples de primeira, sem querer dar de letra ou enfeitar, quando não estão conseguindo fazer o mínimo. Barcos, que já virou o cara do time, anda muitíssimo bem marcado, sempre com ao menos um zagueiro colado. Valdívia (quando joga) também já tem marcação individual. E no restante, não sobra mais ninguém capaz de armar nada. A coisa fica feia.

Não é pra se jogar a toalha, mas já é hora de ligar as luzes de emergência, porque se não voltarmos a vencer em curtíssimo tempo, será tarde demais. Torço muito, mas muito, para que Tiago Real queime feio a minha lingua, e para que esta última partida tenha sido apenas um descuido monstruoso.
Do contrário, é melhor começar a acreditar no Papai Noel.

O Maluco.

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