quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O funcionário do ano

Era pra ser um jogo banal.
Os menos de 4 mil palmeirenses que compareceram à distante e inacessível Arena Barueri acabaram por assistir um jogo com ingredientes que darão muito, mas muito pano pra manga:

1° - Os dois golaços de Barcos. Meu amigo Maluco comentou "porra, mas só vale golaço do Barcos?". E realmente o Pirata tem feito a diferença. Há jogos em que ele não aparece, é verdade. Mas ontem, sem meias-armadores, e só na base do chutão, nosso centro-avante nos colocou (exceção para uma eventual tragédia no Engenhão), sozinho, na próxima fase da Copa S-A.

2º - A bolada que Giovanni Roque acertou em Altemir Haussmann, o bandeira. Diante de tudo o que a arbitragem brasileira fez com o Palmeiras nestes últimos jogos, cada um de nós deve ter se sentido (muito) vingado com o chacoalhão que o bandeira tomou. Só seria melhor se fôssemos punidos, e obrigados (!!!) a mandar nossos jogos na capital. Este rapaz merece uma estátua no Palestra Itália!

3° - A pegadinha do Conrado: pra quem não acompanhou, o comentador de arbitragem da Fox Sports é o Simon, aquele mesmo que em 2009 nos garfou no Maracanã ao anular de forma criminosa um gol marcado por Obina.

Eis que, durante o jogo de ontem, Conrado foi lá e perguntou via internet:

"o Obina é um jogador difícil dentro de campo? Ele costuma se apoiar muito nos adversários?"

Este pergunta capiciosa é uma clara referência àquele lance que nos custou, no mínimo, uma vaga na Libertadores de 2010, e nos pouparia de boa parte do calvário vivido nestes últimos 03 anos. E Simon, sem cerimônia, respondeu:

"O Obina é um bom jogador. É um jogador forte, tem um bom vigor físico, é um bom cabeceador. Ele, quando jogava no Vitória da Bahia, eu sempre dizia ‘olha você tem um belo futuro pela frente’.
Posteriormente jogou no Flamengo, no próprio Palmeiras; e além de tudo é um jogador muito honesto: quando ele comete falta, como foi o caso do jogo contra o Fluminense em 2008 [na verdade, 2009], ele mesmo veio ao microfone e disse ‘olhe, eu realmente fiz a determinada falta’. Então é um jogador disciplinado e um bom finalizador."

Pois bem, eis que imediatamente foram perguntar ao Obina se ele de fato havia admitido ter feito a suposta falta naquele lance. A resposta do jogador, foi singela e objetiva: "Não admiti nada, e isto que ele falou é pura mentira".

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Honestamente, eu não sei  quanta importância vocês (meus leitores) deram pra este terceiro capítulo. Talvez nenhuma.

Eu, entretanto, me senti (parcialmente) vingado. Eu fui até o RJ pra assistir este jogo, 3 anos atrás. E voltei pra casa om a sensação de ter sido roubado, literalmente: levaram de mim o que era meu. E quem levou tinha nome, sobrenome e escudo Fifa: Carlos Eugênio Simon. Um filho da puta que conquistou tudo o que tem na base do mau-caratismo. Tanto é assim, que a despeito deste erro inaceitável cometido em 2009, ele foi o selecionado da CBF pra representar a arbitragem brasileira na África do Sul, em 2010. Claro, ele havia salvo o time de João Havelange do rebaixamento no ano anterior, sendo, por excelência, o funcionário do ano.

Foi este capítulo (o gol anulado/roubado/assaltado/tungado de 2009), principalmente, o que nos mergulhou num mar de desgraça do qual só saímos há menos de um mês. E o cara ainda ganhou um emprego de comentarista de arbitragem, onde leva uma grana alta e colhe os (bons) frutos de seu crime.

Ontem finalmente foi provado que ele é um MENTIROSO. É um primeiro passo. Mas eu só ficarei satisfeito quando for provado que ele é/foi LADRÃO. Aí me darei por satisfeito. A justiça tarda mas não falha.

Obrigado Obina,
Obrigado Conrado.

O Palestra vive!

O Animal

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