Um time com História, e sem dinheiro público

Neste semana aconteceu a solenidade que oficializou uma das maiores falcatruas políticas dos últimos tempos: a cessão de R$ 420.000.000,00 da Prefeitura aos Gambás, para que levantem um Estádio, que está situado numa propriedade cuja posse é... também da Prefeitura, doada na década de 1980 aos sujos da Marginal.

O primeiro post da história deste blog falava justamente da honrada História da Sociedade Esportiva Palmeiras, que teve, justamente em 1942, que mudar de nome e por pouco não teve seu patrimônio confiscado pelo governo de Getúlio Vargas. Foi de lá que começou a Arrancada Heróica, cujo nome batiza este blog.

Até pouco tempo atrás, palestrinos e gambás concordavam na crítica à raça oriunda do SPFW, por seus sujos trabalhos nos bastidores da política, com diversos capítulos, dos quais o mais emblemático é a construção do estádio do Morumbi em um terreno público, com financiamento facilitado também com dinheiro público pela turma de Adhemar de Barros e Laudo Natel, políticos vinculados ao SPFW.

Pois bem. A história do Itaquerão (ou Isentão?) é constituída de uma sujeira ainda mais descarada do que a que foi lá pelos lados do Jardim Leonor há meio século atrás. No caso da Zona Leste, o Estádio está recebendo oficialmente dinheiro do Estado. E ainda pior: os políticos posam para uma pomposa foto, como se estivessem fazendo um grande favor para todos os cidadãos paulistanos e paulistas. É realmente comovente:

A partir deste vergonhoso capítulo, acredito que não restam, na cidade de São Paulo, muitos clubes que possam reivindicar para si a pecha de "grandes" sem terem que ouvir como resposta "tão grandes quanto o dinheiro público que vocês receberam!!!".

Por isso me orgulho demais do meu time. Da minha Sociedade Esportiva. Do Palmeiras.

Somos grandes, e constituímos nossa grandeza sozinhos. Que chorem os outros. Nunca serão o Palestra Itália. E nunca saberão o que é uma Arrancada Heróica.

O Animal