quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Juntando os cacos: o que fazer agora?

Depois de uma atuação tão catastrófica como a que tivemos em Sport 2 x 1 Palmeiras, é difícil até mesmo encontrar ânimo para analisar o que está acontecendo. Se há algumas rodadas víamos um time que, mesmo perdendo, demonstrava evolução jogo a jogo, nas três últimas partidas temos visto atuações dignas de times rebaixados. Contra o Sport, a mediocridade em campo atingiu o ápice, num verdadeiro caos que se transformou o time em campo. Parecia a criançada jogando contra os adultos no churrasco de final de semana, com todo mundo correndo atrás da bola, mas só os adultos ficando com ela no pé.

Refletindo sobre este cenário tétrico, tiro as seguintes conclusões:

1) Apesar de todo o esforço da imprensa em dizer que o Palmeiras tem um time horrível, discordo veementemente. O time não é bom o suficiente para disputar o G4, mas tenho absoluta certeza de que está longe de ser pior do que Botafogo, Flamengo, Chapecoense, e tantos outros que estão tendo desempenho melhor do que nós;

2) Por pior que um time seja, ficar 10 rodadas sem vencer vai além da falta de técnica ou de tática, é preciso que algo mais esteja desestabilizando o elenco para que nunca se consiga ganhar um jogo, nem mesmo num lance fortuito;

3) A diretoria tem seguramente 95% da parcela de culpa pelo desastre que o ano do centenário se tornou, porque brincou com a sorte ao desmontar constantemente o elenco, desde janeiro até agora. A conversa de que “não existe jogador inegociável” dá arrepios, porque obviamente se nunca baterem o pé para que jogadores importantes fiquem, pelo menos em momentos cruciais como no decorrer da temporada, o resultado é um time desfigurado, incapaz de se manter na primeira divisão, na elite do futebol nacional.

Dito isto, o que pode ser feito? Em primeiro lugar, da parte de Nobre, Brunoro e Osmar, já reconhecemos que não dava para terem feito nada pior. Destruíram o time no ano do centenário, ao invés de fortalecer aquele que veio da segunda divisão. Mas e agora?

Como mencionado, um time não fica 10 rodadas sem vencer só porque é fraco. Visto que este time nem tão fraco assim é, fica nítido que há algo além disso acontecendo. Vemos alguns jogadores se matando em campo para concertar os erros de outros. Não há um ataque do adversário que não termine dentro de nossa área. Há jogadores claramente dando espaços ao adversário, e outros que se esforçam muito para que o jogo não vire goleada! O esquema de Gareca, que desde o início começava a aparecer, some neste desastre que os atletas fazem em campo.

Para não cair, portanto, só há um caminho: Brunoro, Nobre, Osmar e Gareca precisarão sentar juntos na mesa antes do próximo jogo, e analisar os VTs das últimas partidas. É preciso identificar quem está fechado com o grupo e quem não está. Mais ainda, Nobre tem a obrigação de olhar para seus “parceiros” políticos e repensar o caminho que está trilhando. Já vimos o filme atual por vários anos, e o final também sabemos decor.

Ou Nobre mostra pulso agora e toma atitudes para tirar as frutas podres do cesto, ou o time inteiro afundará junto.

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