terça-feira, 4 de junho de 2013

As próximas semanas serão decisivas

No post anterior à partida contra o América-MG eu dizia que o que o time vinha jogando estava valendo apenas pelos 3 pontos. A derrota só confirmou nossa desconfiança de que este time, além de não ter evoluído nada taticamente, tecnicamente também não chega a ser nenhum bicho papão da Série B, a ponto de conseguir perder "em casa" para um candidato ao rebaixamento. Felizmente, haverá tempo para Nobre e Brunoro reconhecerem os erros que ficaram escancarados nesta última partida e corrigí-los.

Se hoje temos um time e um planejamento temerário para o restante da temporada, ainda joga a nosso favor a parada para a Copa das Confederações, daqui a algumas semanas. A pausa, que acontece no momento de abertura da janela para transferências internacionais, é uma ótima oportunidade para vender os antigos encostos dessa equipe e contratar jogadores de qualidade, já pensando no elenco que queremos para o ano do centenário. 

Além das contratações, a pausa nos campeonatos nacionais será também um momento para se analisar friamente se Kleina é de fato um treinador adequado para dar continuidade ao projeto de fortalecer uma equipe para voltarmos imponentes em 2014. Até lá terão se passado seis jogos da Série B, e em caso de estarmos fora do grupo de acesso dos quatro primeiros colocados, algo certamente terá que ser feito. Se o elenco tecnicamente não é bom, com um esquema tático bem montado ele é sim suficiente para disputar com tranquilidade as primeiras posições. Ou seja, se não estivermos entre os primeiros após seis partidas (passadas as três primeiras nós não estamos), que se aproveite o momento propício para fazer todas as trocas necessárias, ainda que algumas tenham que ser drásticas. 

A chegada de ao menos três reforços para as posições reconhecidamente mais carentes do elenco (um centroavante, um bom camisa 10 que consiga entrar em campo, e um volante para colocar M. Araújo no banco), é prioridade, e já não há mais possibilidade de continuar chovendo no molhado com a falta eterna de recursos que, sabemos, todos os clubes enfrentam. Sem resolver estes problemas o resultado já é conhecido: seguiremos com um time fraco, capaz apenas de retornar à Série A, até correndo certo perigo.

Em relação ao treinador, trata-se de planejamento para 2014. Não tenho dúvidas de que a diretoria fazendo sua parte, resolvendo os graves problemas do elenco, subiremos até mesmo sem nenhum treinador no comando da equipe. No entanto, o que precisa ser levado em conta é nossa chance de usar a Série B como uma grande pré-temporada para o ano do centenário. Se o time chegar em 2014 jogando um futebol redondinho, faltará ao fim desta temporada colocar apenas as cerejas no bolo, com a contratação de dois ou três grandes jogadores. Porém, se voltar jogando como está hoje, provavelmente será mais uma grande decepção, tendo novamente que correr atrás do prejuízo para chegar no nível dos demais times que disputarão títulos. 

Após quase um ano com Kleina no comando é possível perguntar: ele tem de fato capacidade para montar esse time? A resposta terá que ser dada nas próximas semanas.

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