A herança maldita

O dia da estréia no Campeonato Paulista se aproxima, e já é quase certo que o time que entrará em campo na partida inaugural, no próximo domingo, terá que contar unicamente com os jogadores que hoje formam um dos elencos mais mirrados de nossa história. Contratações, com sorte, deverão acontecer somente na gestão do próximo presidente, a ser definido em 7 dias.
Assim, melancólico, chega ao fim o medonho mandato da dupla Tirone & Frizzo.

Não há como não se preocupar, afinal, começaremos o ano com praticamente o mesmo time que foi rebaixado em 2012, só que com muito menos reservas e somente 2 zagueiros a disposição do técnico.

Das poucas possíveis contratações, Riquelme, que já não estava nada fácil para vir, agora com o anúncio de que o Fluminense, nosso eterno interceptador de contratações, também está negociando com o atleta, ficamos provavelmente anos luz atrás para chegar a um acordo. Assim como nós o Fluminense está na Liberta, mas tem (quem diria!) mais dinheiro e não jogará a série B neste ano. Ou seja, Riquelme só deverá fechar com o Palmeiras se fizermos uma proposta ignorantemente alta, ou se ele tiver algum fetiche oculto por jogar no Palestra Itália. Entre sair da Argentina para jogar num time que acaba de ser campeão nacional, ou em um que está na série B e precisando se reestruturar de cima abaixo, não há dúvidas de qual será a escolha.

Para piorar, nosso único meia armador, Valdívia, mostrou hoje que toda a sua dita dedicação na recuperação física no Chile não mudou sua triste realidade. Já se contundiu, aparentemente sem gravidade, em apenas 1 semana de volta, num jogo treino...


Haja disposição para o novo presidente reverter um cenário tão preocupante, pegando o bonde andando. Não bastasse tudo de ruim que já fez pelo Palmeiras, esta será a herança maldita a ser deixada por Tirone.

O Maluco.