Pois bem, hoje é o aniversário do dia mais glorioso da história do Palmeiras, e talvez do evento mais importante já ocorrido no futebol brasileiro: a Arrancada Heroica completou 70 anos.
Numa iniciativa surpreendentemente competente, a diretoria disponibilizou no site um dossiê a respeito do que foi esta história, e me arrisco a dizer que talvez seja a primeira versão assinada pela Sociedade Esportiva Palmeiras a respeito dos acontecidos de 1942. O link é este:
Alguns trechos de aperitivo:
"Inclusive, em 1938, o São Paulo chegou à beira da falência, o que só não aconteceu graças à organização de um torneio beneficente, conhecido como Jogo das Barricas, realizado pelos grandes clubes da capital (entre os quais, Corinthians, Palestra Italia e Portuguesa). A finalidade desta campanha era arrecadar fundos em prol do São Paulo, fazendo assim com que o rival pudesse manter-se ativo no futebol." Grifos meus.
"Apesar da atitude solidária, o São Paulo não retribuiu os esmeraldinos com a mesma bondade ao ligeiramente perceberem certa facilidade em adquirir o patrimônio alviverde. Aproximadamente seis meses após a mudança de nome para Palestra de São Paulo, quando tudo parecia bem (e quando o time verde esmeraldino inclusive se destacava no Campeonato Paulista), o próprio São Paulo incentivou o governo brasileiro a prejudicar o Palestra, pois os dirigentes rivais enxergaram ali a possibilidade de ver o rival fechar as portas e, consequentemente, apossarem-se de todo seu patrimônio físico (principalmente o estádio, que à época era um dos mais modernos da cidade). Tudo isso, claro, com o apoio de pessoas importantes da época, como o Sr. Paulo Machado de Carvalho e o Tenente Porfírio da Paz (dirigentes do São Paulo), que usariam suas influências políticas e militares para “repatriar” o território esmeraldino." Grifos meus.
A história é suja. O Estado ditatorial tentou tomar do Palmeiras o que foi construído com o suor de seu povo. E ao contrário de outro "povo", os palestrinos tiveram seu patrimônio sob ameaça de confisco pelo governo (encabeçado principalmente por dirigentes bambis), e jamais fomos alvos da benevolência estatal, que doa terrenos ou estádios (quando não os dois) para alguns clubes por aí.
Hoje é o dia do orgulho palestrino. Nascemos campeões.
O Animal
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