A saída de Barcos causou, como não poderia deixar de ser, conflitos de opiniões. Seja como for, a decisão já mostrou que teve seus prós e contras, mas nada de “imbecil”, como a princípio pareceu, foi feito na operação. Por um lado fortalecemos um elenco que antes era patético, mas perdemos um grande jogador, que sem sombra de dúvidas era um diferencial na equipe. Cada um tem direito de tirar as conclusões que quiser desta operação. Para alguns, a falta de gols agora poderia ter sido evitada com a permanência de Barcos, para outros, ter peças de reposição razoáveis (para quem está sem dinheiro em caixa) e opções para montar a equipe é mais importante do que ter um ótimo centroavante. Obviamente bom mesmo era ter ambas as situações, mas isto não foi possível.
A grande questão é que um mês já se passou e a equipe está sendo montada, mas muitos na Mídia Palestrina (infelizmente, grandes formadores de opinião) continuam chorando a saída do Pirata, ainda criticando, após mais de 30 dias, Brunoro e Nobre, a cada gol perdido por Kléber, como se não tivéssemos sido rebaixados com Barcos em campo! Como se com Barcos seríamos favoritos na Libertadores. Tal posicionamento tem inflamado desnecessariamente muitos torcedores, que mesmo sem nenhum incidente intracampo que justificasse desespero, já chamam Kléber de perna de pau, Kleina de burro, e pedem a cabeça de Brunoro.
Isto acontece quando passamos por um momento em que o apoio tem de ser total, pois o trabalho que está sendo feito pela atual gestão está começando avassalador, e com o pé direito. Em menos de 2 meses Nobre e Brunoro já deram conta de montar um rascunho de elenco razoável (algo que até então não existia, era um time pior do que o que havia sido rebaixado!), finalmente colocaram um fim no inútil e sanguessuga Palmeiras B, estão impondo limites à atuação prejudicial de empresários na base, e, como prometido, contrataram profissionais gabaritados nos setores estratégicos (leia-se marketing, gerência do futebol e jurídico). Dois meses atrás, o que existia em tudo isto que citei formava apenas uma absurda gestão que culminou com o rebaixamento em 2012 e arrasou nossos cofres.
Com tanto sendo feito (como prometido), e muito mais a caminho, por que aqueles que até 2 meses atrás tinham postura progressista - pois diziam-se palmeirenses acima de qualquer coisa - continuam a bombardear o elenco e a atual gestão? Kléber tem potencial, e como se sabe (ou todos deveriam saber), está muito longe de jogar em sua condição máxima, porque vem de uma longa lesão e não completou sequer cinco jogos como titular para entrosar e pegar ritmo, e tem gente já querendo se livrar dele. Leo Gago e Rondinelly ainda nem tiveram suas oportunidades, pois o time está dividido entre um elenco na Libertadores e outro nas demais competições. Mas mesmo assim, há aqueles que querem a saída de Kleina, acusando-o de demorar para dar padrão ao time.
Muita calma neste momento, para todos nós! Um trabalho sério e competente está finalmente sendo feito. Nobre está, neste exato momento, mexendo em grandes vespeiros (base, Palmeiras B e profissionalização), e mexerá em outros maiores ainda quando for trabalhar com a alteração do estatuto. Como tudo isto será possível, se até mesmo aqueles que deveriam estar aplaudindo estas atitudes, preocupam-se mais em pedir a cabeça de todo mundo, justificada pela saída de Barcos e gols perdidos por Kléber? Será que realmente a controversa saída do argentino é mais importante do que todas estas mudanças de médio e longo prazo?
Ao torcedor, que tenha parcimônia ao ler estes ataques intempestivos no atual momento. E à Mídia Palestrina, que se lembre de que é hora de ser mais racional e demonstrar mais amor ao Palmeiras, do que de retornar às velhas picuinhas e atitudes impulsivas.
O Maluco.
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