O jogo de ontem e o fatídico "caso Kléber"

América-MG 1 x 1 Palmeiras 

Amigos palestrinos, não é preciso argumentar muito para que qualquer torcedor que tenha visto o jogo de ontem concorde que jogamos muito mal. Não havia criatividade alguma no meio de campo, e no que depender dos dois centroavantes que jogaram ontem (WP e Dinei), não podemos esperar muito. Wellington Paulista até que tentou, acertou um chute a gol e dava suas trombadas para tentar chegar nas bolas altas, mas foi muito pouco. Dou um desconto aos dois pelo fato de nosso único meia criativo, Lincoln, não ter criado absolutamente nada, me lembrando os maus tempos de Diego Souza, quando por diversas vezes ficava olhando o jogador adversário passar ao seu lado com uma bola roubada, e não dava o menor combate. Cada vez mais concordo com Scolari, quando dispensou Lincoln, no início deste ano. Acho o jogador habilidoso, bate bem na bola, mas é de uma apatia em campo que não lhe dá o mínimo direito de reclamar por não ser titular. Creio ser um bom reserva neste time, o que estará de ótimo tamanho por sua aplicação.
Quando Patrick entrou pensei que o time começaria a jogar muita mais, porque o que parecia faltar era exatamente velocidade no meio para que contra ataques rápidos pudessem ser puxados. Mas pouca coisa mudou. Na raça saiu nosso golzinho de empate. Muito pouco para um time que queira ao menos estar na Libertadores de 2012.
O melhor jogador em campo foi Cicinho. Com muita velocidade e até dribles da vaca chegava com facilidade ao ataque, e sempre fechava muito bem na defesa. Em campo é, até o momento, a melhor contratação palmeirense no ano. Maikon Leite e Luan também tiveram bons momentos na partida e merecem, mais uma vez, o reconhecimento da torcida.
O autor do gol, Maurício Ramos, é outro que creio merecer nosso reconhecimento. Acho uma pena que se lesione com tanta frequência, pois vejo o zagueiro como um bom jogador de nosso elenco, muito esforçado e, se por um lado não esbanja talento como defensor, também não compromete!

A palhaçada do "caso Kléber"

Essa história de Kléber no Flamengo já está beirando o ridículo na imprensa. Jogador, diretoria e treinador já disseram que o Gladiador não sai. Precisa mais? Bom, para a imprensa, sempre ávida por audiência, sim.
Mas os editores de jornais e colunistas por aí poderiam questionar: e se fosse um valor muito alto? Do tipo 20 milhões de reais? (porque para pagar a multa é claro que nenhum time do mundo pagaria, pois está em torno de 150 milhões de reais). Nem assim Kléber sai, porque de fato, o Flamengo não tem todo esse dinheiro, e baixando um pouco a bola do Gladiador, ele também não está valendo isso tudo. Portanto, mesmo que alguém possua dinheiro suficiente para causar cócegas nos bolsos palmeirenses e deixar nossos dirigentes loucos pela venda, duvido que esse alguém pagaria um valor tão alto, pois seria uma das vendas de jogador mais superfaturadas da história.
Se o jogador está querendo aumento de salário ou não, não sei, mas de fato merece ao menos um salário próximo do de Valdívia (o Mago ganha aproximadamente 500 mil reais, enquanto Kléber, na faixa dos 200 mil), pois vem jogando muito mais que o chileno, quantitativa e qualitativamente.
Portanto, chega de dar audiência para imprensa com esse papo de que Kléber está dando migué para não jogar a sétima partida. Que tentem vender mais jornais em cima da demissão do Carpegiani, e não perturbando os torcedores que hoje não tem a menor razão para esquentar a cabeça. Tenhamos mais malícia com este tipo de imprensa!

O Divino.